quinta-feira, 14 de março de 2013

Médicos veem crise global de falsificação de remédios

RAFAEL GARCIA
ENVIADO ESPECIAL A BOSTON

Quando a multinacional Pfizer contratou John Clark, um ex-funcionário de alto escalão da Alfândega dos Estados Unidos, para coordenar sua divisão de segurança e propriedade intelectual em 2008, a empresa colecionava relatos de casos de falsificação de 20 de suas drogas, incluindo o Viagra, a droga mais visada no mundo por esse tipo de crime.
Cinco anos depois, 60 drogas do laboratório estão sendo alvo do mesmo crime. Não existe um levantamento preciso sobre o mercado de medicamentos falsos, mas a opinião de sanitaristas, laboratórios e agências de fiscalização é que há uma crise.
"O problema está crescendo exponencialmente agora", afirma Clark. "A estimativa geral é de que esse mercado movimenta US$ 75 bilhões de dólares por ano."
Clark foi um dos palestrantes num seminário promovido, no último domingo, pela AAAS (Associação Americana para o Avanço da Ciência), que reuniu cientistas e juristas em Boston.
Um relatório do Instituto de Medicina, a divisão de saúde da Academia Nacional de Ciências dos EUA, pede à Organização Mundial da Saúde que lidere a produção de um tratado internacional para combater o problema.

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